Data de publicação: 01/06/2015
Formação propõe atuação mais ativa de agentes indígenas, e os qualifica como elos entre Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e comunidades

Numa aula prática em Boa Vista do Rio Içana, o agente de saúde Ismael Marcelino afere a pressão arterial do colega Irineu Luís Eduardo (Foto: Magaly Schlossmacher)
·
O público considerável que compareceu à solenidade de formatura organizada no ginásio Arnaldo Coimbra, em São Gabriel da Cachoeira, cidade amazonense situada no extremo noroeste do Brasil, talvez não tivesse noção do longo e árduo caminho que cada um dos 139 concludentes percorreu para chegar até ali. Foram seis anos de desafios para que aqueles homens e mulheres pudessem receber, naquela noite chuvosa de 11 de abril, o título de Técnicos Agentes Comunitários Indígenas de Saúde, formação que fortalece sua capacidade de atuação dentro do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e os legitima como elo fundamental de ligação entre o SUS e as comunidades onde atuam, na região do Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro (Dsei-RN). Todos eles já trabalhavam como agentes indígenas de saúde (AIS), embora apresentassem diferentes níveis de escolaridade e capacitação técnica. Agora, todos têm certificado de conclusão do ensino médio e da formação técnica em saúde. “Foram muitas noites de insônia, incerteza a ansiedade. Mas não caminhamos sozinhos, juntos descobrimos o mundo, aprendemos e estamos prontos para lutar por uma causa justa, que é a vida e o bem-estar das pessoas”, desabafou Jocimara Brandão, oradora da turma do polo de formação Baixo Waupés e Tiquié “Não somos mais estudantes, agora somos técnicos. Tenho certeza que estamos preparados para entender o sofrimento do outro e ajudar”, comemorou Dinéia Dávila, falando em nome dos agentes do polo Alto Rio Negro, Baixo Içana e Xié.
·
Para ler mais, consulte a notícia no site da Revista Radis (comunicação em saúde)