O I Inquérito Nacional sobre Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas brasileiros foi realizado no periodo de 2008 a 2010, e é a única pesquisa nacional realizada para avaliar a situação de saúde dos indígenas brasileiros. Portanto, seus resultados merecem ser amplamente divulgados.
Para os interessados em conhecer essa pesquisa realizada numa parceria entre a ABRASCO e Funasa, podem ver uma apresentação em http://6ccr.pgr.mpf.mp.br/institucional/grupos-de-trabalho/saude/docs_legislacao/Apresentacao_Iquerito_Funasa_11_05_10.pdf.
Mas também gostaríamos que conhecessem os resultados publicados em artigos científicos em revistas de renome. A mais recente publicação saiu em Fevereiro de 2016 e se intitula “Anemia entre mulheres indígenas no Brasil:achados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas” na revista BMC Women´s Health, disponível na íntegra em inglês no link http://bmcwomenshealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12905-016-0287-5.
Os principais achados foram sintetizados no resumo como “A prevalência de anemia em mulheres indígenas brasileiras foi de 12% maior do que as estimativas nacionais para as mulheres em idade reprodutiva. A prevalência de anemia e níveis médios de hemoglobina entre as mulheres indígenas parecem ser parcialmente explicado por alguns fatores de risco previamente reconhecidos, tais como status socioeconômico, índice de massa corporal e malária. No entanto, parte da variabilidade nestes resultados permanece inexplicado. Conhecimento do estado de saúde e seus determinantes potenciais é essencial para orientar as políticas públicas voltadas para o controle fardo anemia em comunidades indígenas.”
Antropologia médica 