Recentemente acompanhamos a realização de duas grandes conferências nacionais relacionadas às políticas indigenistas no Brasil. Para refletirmos sobre os desafios da participação política indígena na saúde, sugerimos a litura do seguinte artigo publicado em 2015 na Revista Vibrant: The construction of citizenship and the field of indigenous health: A critical analysis of the relationship between bio-power and bio-identity, de Carla Teixeira e Cristina Dias.
Segundo as autoras:
” O presente artigo discute dois contextos de pesquisa etnográfica em saúde indígena, através dos quais buscamos refletir sobre o tipo de cidadania que está sendo fabricada na interlocução entre políticas de governo e participação política indígena nas ações, normas e discursos da saúde. Tratando-se de mundos sociais em que práticas de governo incidem sobre corpos individuais e populações, nos perguntamos se é possível falar de uma bioidentidade emergente na saúde pública para os povos indígenas no Brasil. Nossos objetivos estiveram pautados, portanto, em dois momentos: (i) refletir sobre os efeitos das políticas de governo para a saúde indígena no campo rico e complexo das conexões entre a biologia e a política; e (ii) ponderar sobre o potencial compreensivo daquelas categorias para as identidades políticas em jogo neste campo. Palavras-chave: saúde indígena/etnografia/cidadania/biopoder/bioidentidade”. Fonte: vibrant v.12 n.1: 351
Referência completa: TEIXEIRA, Carla Costa; SILVA, Cristina Dias da. The construction of citizenship and the field of indigenous health: A critical analysis of the relationship between bio-power and bio-identity. Vibrant, Virtual Braz. Anthr., Brasília , v. 12, n. 1, p. 351-384, jun. 2015 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-43412015000100351&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 fev. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1809-43412015v12n1p351.